Zona norte mantém tendência de unidades médias
O mercado imobiliário vem apontando para uma nova tendência de apartamentos mais compactos, de até 21 metros quadrados. Com o objetivo de atrair compradores solteiros e de maior flexibilidade conforme seu próprio crescimento profissional, essas unidades têm a característica de ser direcionada para jovens de até 30 anos em começo de carreira.
Mas esse perfil de imóvel também tem suas regiões de preferência para serem lançados. Segundo a Embraesp, em 2012 foram lançados na cidade de São Paulo um total de 2.818 unidades residenciais de menos de 35m², um aumento de mais de 16 vezes em relação a 2008 (quando os lançamentos totalizaram 169 unidades).
Essas unidades de até 35 m² atendem, principalmente, as pessoas que passam por mudanças sociais e econômicas, não têm família, pensam em casar só quando tiverem uma situação profissional mais firme. Enfim, aqueles que não querem dividir espaço e não têm necessidade de um apartamento mais amplo.
O forte para essas unidades foram as região sul e oeste, pois as demais, como a norte, ainda tem seus compradores procurando unidades maiores. A região norte é, em São Paulo, a mais tradicional. Seus moradores pouco saem de seus bairros de origem e, quando saem, continuam na zona norte. Eles até melhoram suas condições, mas querem ficar na ZN.
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Por isso, essa tendência de unidades mais compactas podem até chegar à região, mas deve demorar mais que em outros pontos da cidade. Outro perfil dos moradores interfere nessa mudança. Geralmente quem mora nos bairros da zona norte tem ao seu lado toda a família. Poucos compradores são sozinhos. No máximo, são casais prestes a casar ou recém-casados, mas que já pensam em uma futura família, por isso pensam, no mínimo, em dois quartos. Não que essa não seja uma tendência, mas não por ora. O futuro ainda pode fazer com que esse cenário mude, mas não entre 2013 e 2014.